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Jardim produtivo: conheça 5 espécies de PANC para cultivo no seu jardim


Conheça 5 espécies de plantas alimentícias não convencionais para você cultivar no seu jardim, tanto para uso alimentício quanto para uso ornamental.

Linda Tropaeolum majus crescendo no parapeito de um deck


Foto: Jim Feeney

Já pensou em deixar seu jardim mais bonito com plantas não convencionais e ainda poder comê-las? Saiba que é possível com as PANC. Segue abaixo a lista das espécies que você pode cultivar.

1. Tropaeolum majus ou Capuchinha

Capuchinha cultivada em vaso

Foto: Jason Ingram


Está linda espécie de trepadeira Tropaeolum majus originária da América do Central e da América do Sul, conhecida popularmente como Capuchinha, com rápido crescimento e floração permanente é uma ótima aposta se você gosta de jardins sempre floridos. Rica em carotenoides, especialmente luteína, um composto importante para a prevenção de doenças como o catarata e glaucoma. As folhas são arredondadas e as flores têm pigmentos fortes que variam do amarelo ao vermelho. Com leve sabor picante lembrando o agrião, as folhas podem ser usadas para o preparo de saladas cruas. As flores para fazer chás ou decoração de pratos, bolos, biscoitos, saladas etc. Depende da sua criatividade. Suas sementes ficam parecidas com alcaparras quando em conservas. Todas as partes são comestíveis.



Plantio: Com facilidade para o cultivo você pode propagá-las através de sementes ou mudas, em qualquer época do ano. Está planta é de clima subtropical e prefere ambientes parcialmente sombreados e não suporta temperaturas muito frias e geadas. Você pode plantá-la tanto em vasos ou em canteiros bem drenados e ricos em matéria orgânica, lembre-se que ela é uma trepadeira, coloque-a em um lugar que ela possa escalar. A colheita pode ser feita após 50 dias de plantio.


Referência: Embrapa. Hortaliças não convencionais. Disponível em: <www.embrapa.br>. Acesso em: 11 de junho de 2020.



2. Santolina chamaecyparissus ou Lavanda-algodão



Canteiro de Santolina chamaecyparissus: necessita de pouca água e manutenção


Foto: Pinterest

A espécie Santolina chamaecyparissus, nativa na região mediterrânea, popularmente conhecida como Lavanda-algodão ou rosmarina, é uma ótima opção para quem não tem muito tempo para regar o jardim. Além de deixar o jardim com um perfume maravilho e mais bonito com suas pequenas flores de pigmento amarelo, ela possui propriedades terapêuticas muito usadas em tratamento como aromaterapia e outros. Por ser uma planta heliófila, necessita de dias longos de exposição ao sol. Pode ser usada no preparo de chás, bolos, pães, doces etc. Com sabor forte, deve-se ter cuidado na quantidade quando for usar em alguma receita. Você também pode cortar sua inflorescência e colocar dentro da fronha do travesseiro para uma noite relaxante de sono.



Plantio: Propagação através de estaquia. Você pode comprar mudas, assim elas crescem mais rápido. A lavanda-algodão é um pequeno arbusto bastante ramificado, plante no chão ou em vasos grandes, assim elas ficam maiores. Podem chegar em até 90 cm de altura. As flores são pequenas, aromáticas, amarelas. Suas folhas são finas, longas, acinzentada e com bordas denteadas. Necessita de bastante sol para se desenvolver. Regar quando o solo estiver seco.


Referência: KINUPP, V. LORENZI, H. Plantas alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014.


3. Hibiscus sabdariffa ou Vinagreira

Inflorescência da Vinagreira



Da família do quiabo, a Hibiscus sabdariffa, de origem africana, conhecida popularmente como Hibisco ou Vinagreira, inserida especialmente na cultura maranhense com o prato típico arroz de cuxá. Suas flores possuem forte pigmento deixando chás e sucos com uma cor vinho-avermelhada. E uma ótima opção para o preparo de geleias. Com flores solitárias, é um arbusto ereto, vigoroso, podendo atingir até 3 m de altura, com caule arroxeado.


Plantio: A propagação é feita por sementes, mas o enraizamento de estacas é fácil e viável na fase vegetativa, antes do florescimento. O plantio pode ser feito diretamente no local definitivo ou em bandejas com transplante das mudas quando atingirem por volta de 15 cm de altura. O cultivo pode ser realizado o ano inteiro em regiões tropicais e equatoriais, desde que haja disponibilidade de água, enquanto em regiões subtropicais ou tropicais de altitude, o cultivo é restrito à época mais quente do ano (setembro a abril). Para a colheita, deixe a planta se desenvolver plenamente até a fase reprodutiva e o florescimento, a partir de 150 dias.


Referência: Embrapa. Hortaliças não convencionais. Disponível em: <www.embrapa.br>. Acesso em: 11 de junho de 2020.



4. Clitoria ternatea ou Feijão-borboleta

Planta trepadeira com belas flores azuis, pigmento difícil de ser encontrado na natureza.

Foto: Stock Photo

Da família do feijão e da ervilha, a Clitoria ternatea, nome cientifico que faz referência ao órgão sexual feminino por conta do formato da flor, de origem asiática, conhecida no Brasil como Cunhã ou Clitória. É uma planta trepadeira que pode ser cultivada em cercas, muros, parapeitos etc. Devido a pigmentação de suas flores azuis vibrantes, raras na natureza, ela é amplamente utilizada para o preparo de corante naturais e consumo de chás, sucos, sorvetes, arroz, sopas etc. Pode ser usada todas as partes da planta: folhas, flores e vagem. Além de serem ótimas para o consumo alimentício, elas apresentam propriedades medicinais anti-inflamatórias. Você também pode planta-las para a fixação de nitrogênio, nutriente requerido por todos os organismos vivos, devido a interação mutualística que as suas raízes possuem com bactérias fixadoras de nitrogênio.


Plantio: Propagação feita por sementes. Para germinar as sementes basta colocar em um papel toalha molhado por algumas horas. De fácil cultivo, o feijão-borboleta pode ser plantado em vasos ou direto no solo com estacas de apoio para seu crescimento. A espécie pode ser plantada sob pleno sol com cerca de 30%, 50% e 75% de sombreamento.


Referência: Muhammad Ezzudin, R. and *Rabeta, M.S. A potential of Telang tree (Clitoria ternatea) in human health. 2018. Disponível em: <file:///C:/Users/Let%C3%ADcia/Downloads/A_potential_of_Telang_tree_Clitoria_ternatea_in_hu.pdf> Acesso em: 12 de junho de 2020.



5. Dahlia pinnata ou Dália


Campo de Dálias com 1,5 metrôs de altura.

Foto: Sapo Viagens


A Dahlia pinnata é uma espécie endêmica do México. Com a conquista espanhola, a dália foi introduzido com sucesso na Europa, a partir de 1818, sendo uma das queridinhas da nobreza inglesa. Possui diferentes cores de inflorescência. De vida longa, as flores e caules carnudos (tubérculos) podem ser consumidas. Esta planta pode chegar a tamanhos diferentes, de 30 cm a mais de 1,5 m de altura, recomendo o uso de estacas de apoio. Além disso, desenvolve muitas ramificações.


Plantio: Propagação pode ser feita por sementes e tubérculos (caules arredondados). Plante em vasos ou direto no solo. Planta perene com desenvolvimento rápido, suas flores têm em média 15 cm de diâmetro. Cultive-as em local de bastante incidência solar. Proteja-as contra ventos fortes, seus ramos são frágeis devido ao peso das flores e podem quebrar. O clima tropical e subtropical é o preferido da dália, com temperaturas na faixa de 13 ºC a 25 ºC, não tolera geadas.


Referência: Mariña. L. J. Revisión bibliográfica El cultivo de la Dalia. Disponível em: <http://scielo.sld.cu/pdf/ctr/v36n1/en_ctr14115.pdf>. Acesso em: 12 de junho de 2020.


 

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© Cultivar PANC 2020 por Letícia Ribeiro

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