Nome científico: Campomanesia adamantium.
Família botânica: Myrtaceae.
Nomes populares: Guariroba, guabiroba-rugosa, guariroba-verde, guabiroba-do-campo, guabiroba-do-Cerrado, guabiroba-do-lisa, guabiroba-branca.
Partes comestíveis: Frutos maduros e polpa dos frutos maduros.
CONHECENDO A ESPÉCIE
Da família botânica Myrtaceae, uma das maiores famílias da flora brasileira, parente do jambo, pitanga, goiaba e jabuticaba, a espécie Campomanesia adamantium, conhecida popularmente como Guariroba, é uma árvore perenifólia, de copa piramidal densa, tronco curto e revestido com casca de ritidoma (casca externa) papiráceo descamante, com 4 a 6 metrôs de altura por 20 a 30 centímetros de diâmetro, é originalmente abundante em seu habitat natural ocorrendo no Cerrado, com ampla distribuição, podendo ser encontrada nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até Santa Catarina, chegando às regiões adjacentes da Argentina e do Paraguai.
As folhas, que possuem atividade antioxidante, são subcoriáceas (resistente com flexibilidade), elípticas a obovadas, glabras quando adultas, com 3 a 10 cm de comprimento, verde acinzentadas. As flores são solitárias, hermafrodita, flor que possui tanto as estruturas femininas (pistilo) como as masculinas (estames) na mesma flor, no período de floração, desfolha-se e reveste-se inteiramente de delicadas flores brancas, polinizada por abelhas do gênero Bombus. Seu fruto comestível, de coloração amarela quando maduro, é globoso, bacáceo (fruto que possui muitas sementes, como o mamão), 2 a 2,5 cm de diâmetro, seis lóculos; polpa amarelada quando madura. Sementes pequenas, discóides, reniformes, pardas. Sua frutificação é anual, floresce por um curto período de tempo, de agosto a novembro e o amadurecimento dos frutos acontece entre os meses de novembro a dezembro.
C. adamantium é considerada medicinal por suas propriedades anti-diarréica, depurativa, antirreumática, indicada para redução do nível de colesterol no sangue, sendo suas cascas e folhas usadas sob a forma de chás. Na medicina popular suas folhas são utilizadas para desarranjos estomacais, como anti-inflamatória e antisséptica das vias urinárias.
A C. adamantium ocupa lugar de destaque no ecossistema Cerrado e seus frutos são muito apreciados pelos habitantes, sendo utilizada pelas comunidades locais, para ecoturismo, para o consumo in natura, para a produção de sucos, doces, cachaças, sorvetes, licores, geleias, conservas e como ingredientes na confecção de pratos típicos, representando, portanto, potencial de exploração sustentável para muitas famílias da região, podendo ser utilizada inclusive na merenda escolar.
COMO CULTIVAR
Propagação: por sementes ou mudas. As sementes são de coloração creme, arredondadas. É bom semear diretamente 2 sementes por embalagem individual contendo substrato de 50% de terra vermelha, 30% de areia saibro e 20% de areia.
Germinação: a germinação se dá em 15 a 40 dias e as mudas crescem lentamente, atingindo 20 cm com 10 meses após o plantio. É bom formar as mudas em pleno sol.
Solo: pode ser profundo, de drenagem rápida, acido com pH entre 5,0 a 6,5, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) e até pedregoso. São muito resistentes a secas longas e começam a frutificar com 2 anos após o plantio. Pode ser cultivada em vasos de 50 cm de altura e no mínimo 30 cm de largura usando substrato de terra vermelha (50%), areia (30%) e matéria orgânica (20%).
Plantio: deve ser plantada em pleno sol, em lugares livres de encharcamento na época de chuvas. O espaçamento médio indicado é de 3 x 3 m ou de 2 x 2 m para terrenos virgens e arenosos dos cerrados. As covas devem ter 50 cm de altura, largura e profundidade e ser preenchidas com 1 kg de cinzas e 4 litros de matéria orgânica (a maior parte de capim ou folhas apodrecidas) e 20 g de N-P-K 10-10-10. Se o solo não for arenoso, acrescente 3 a 4 pás de areia saibro na cova. Depois de prontas devem ficar curtindo por 2 meses antes do plantio definitivo que deve ser feito a partir de novembro. Irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.
Cultivando: planta cresce lentamente e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com maravalha de madeira e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Adubar com composto orgânico feito de folhas apodrecidas + 2 kg de esterco de galinha curtido e 20 g de N-P-K 10-10-10. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule de preferência no mês de outubro quando a planta inicia nova brotação.
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Referências
PELLOSO, Inez. CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA DE FRUTOS E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLANTAS DE Campomanesia adamantium (CAMBESS.) O. BERG, EM MATO GROSSO DO SUL. Disponível em:<http://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO-AGRONOMIA/Tese%20%20Inez%20Aparecida%20Pelloso.pdf>. Acesso em: 27 de abril de 2021.
PROJETO COLECIONANDO FRUTAS. CAMPOMANESIA ADAMANTIUM. Disponível em:<https://www.colecionandofrutas.com.br/campomanesiaadamantium.htm>. Acesso em: 27 de abril de 2021.
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